Alan Robert
Alterno sem o mínimo tato entre o prolixismo e o silêncio,
Entre a dedicação e a apatia,
Entre a paixão e o pragmatismo,
Entre o garoto que não se perdeu
e o velho que ainda não sou,
Entre o companheirismo e a total inapetência social,
Entre o não viver ao sol por não suportá-lo
e iluminar a escuridão por temê-la.
Vacilo na corda bamba tangendo os limites entre o certo e o risco,
Entre o errado e o necessário,
Entre a coragem frente à morte
e o medo das incertezas de meus dias no porvir,
Entre o gentil e o rude,
Entre o erudito e o maldito,
Entre a dialética e a culpa.
Permeio sem me permitir contaminar entre o que há e o que imagino,
Entre o incisivo e o inseguro,
Entre o que é e o que transcende,
Entre a solidão voluntária
e a voluntariosa saudade.
E assim sigo incidindo das maneiras que sei e que posso.
Até breve, quem sabe.
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