Você chega e encontra as luzes apagadas, adentra um pouco mais e percebe a luz difusa que vem da cozinha _ velas sobre a mesa _ e eu acabando de arrumar o último prato.
Você não diz nada, apenas faz menção de que vai tomar uma rápida chuveirada. Até hoje eu não entendo como você pode gostar de banho frio! Eu aguardo você se vestir para servir o jantar.
Eu sirvo, você me olha, parece entender tudo. Queria dizer como você fica bonita iluminada por esses pequenos pontos de chama amarelos, mas prefiro apenas olhar você comendo o macarrão e mordendo o garfo; coisa que me deixa aflito e eu acho que você faz de propósito.
Você sabe que eu estou nervoso e, estranhamente, não diz palavra. Terminado o jantar vamos para a cama. Descansar, depois dormir. Sem TV, sem PC, sem CD nem nenhuma dessas outras defuntas siglas eletrônicas que enchem o AP com esse inconfundível ruído de fundo sem o qual eu quase me perco. Em contrapartida, você não me faz aqueles longos interrogatórios com os quais eu me aborreço antes mesmo do final da primeira pergunta.
Nada fazemos, apenas nos deitamos e nos abraçamos. Tudo o que ouvimos vem de fora. Hoje, só dormir. Dormir e acordar.
Você sabe o quanto eu estou tenso e, compreensivamente, nada me pede e aceita que eu não lhe dê nada além de um abraço.
Você dorme. Eu permaneço acordado. Você sabe que eu não consigo dormir à noite. E você sabe que eu estou aflito. E permaneço deitado. Em silêncio. Eu já (ou “ainda”) estou acordado quando você acorda. Já fui comprar o pão, o leite...
Você levanta e começa a se arrumar para sair. Eu só vou trabalhar à tarde, mas à noite ainda tenho atividade...
Antes de sair você me olha como quem espera providências ou apenas uma reposta ao que não me perguntou ontem à noite.
...
Você não diz nada, apenas faz menção de que vai tomar uma rápida chuveirada. Até hoje eu não entendo como você pode gostar de banho frio! Eu aguardo você se vestir para servir o jantar.
Eu sirvo, você me olha, parece entender tudo. Queria dizer como você fica bonita iluminada por esses pequenos pontos de chama amarelos, mas prefiro apenas olhar você comendo o macarrão e mordendo o garfo; coisa que me deixa aflito e eu acho que você faz de propósito.
Você sabe que eu estou nervoso e, estranhamente, não diz palavra. Terminado o jantar vamos para a cama. Descansar, depois dormir. Sem TV, sem PC, sem CD nem nenhuma dessas outras defuntas siglas eletrônicas que enchem o AP com esse inconfundível ruído de fundo sem o qual eu quase me perco. Em contrapartida, você não me faz aqueles longos interrogatórios com os quais eu me aborreço antes mesmo do final da primeira pergunta.
Nada fazemos, apenas nos deitamos e nos abraçamos. Tudo o que ouvimos vem de fora. Hoje, só dormir. Dormir e acordar.
Você sabe o quanto eu estou tenso e, compreensivamente, nada me pede e aceita que eu não lhe dê nada além de um abraço.
Você dorme. Eu permaneço acordado. Você sabe que eu não consigo dormir à noite. E você sabe que eu estou aflito. E permaneço deitado. Em silêncio. Eu já (ou “ainda”) estou acordado quando você acorda. Já fui comprar o pão, o leite...
Você levanta e começa a se arrumar para sair. Eu só vou trabalhar à tarde, mas à noite ainda tenho atividade...
Antes de sair você me olha como quem espera providências ou apenas uma reposta ao que não me perguntou ontem à noite.
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Hoje eu vou à Companhia de Eletricidade e prometo nunca mais esquecer de pagar a conta de luz.
Alan Robert
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