Pouco me
importa
O barulho das
ondas preguiçosas
Da Baía da
Guanabara
Ou o vento
frio
Que corta, no
outono, a madrugada
Ou o céu que
vai deixando
De ser azul
marinho
Para se
tornar cada vez mais claro
E púrpura no
horizonte.
Pouco me
importam
Os pescadores,
Os
esportistas,
Os carros que
passam,
As
peculiaridades, humores
E as
imperfeições
Dos que me
são alheios.
Pouco me
importa
O que era,
O que é,
O que será
Ou o que
poderia ser.
O que me
importa é que,
naquela
noite,
naquele
amanhecer,
Eu pude ver
de frente seus olhos castanhos
clarearem com
o dia,
Pude aquecer
seu frio
com o meu
calor para te emprestar,
Pude ouvir
sua voz
dizendo meu
nome com candura,
Pude olhar
seu andar
e acompanhar
seus passos,
Pude ser o
que fui
e o que fomos
com toda a entrega
e com todas
as promessas de eternidade
que
poderíamos e pudemos ter
Naquela noite
e naquele
amanhecer.
E saber que,
nesse tempo,
Talvez tenha
sido tudo
o que poderia
ser.
07.05.2007
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