E eu, que não sou de escrever canções
Quando o faço, ainda são para você
Mesmo depois de tanto tempo,
Mesmo já não mais te conhecendo,
Mesmo nunca mais nos encontrando,
Tudo o que o meu coração lembra e sente
Me mostra o que, de algum modo, me faz vivo
E não sei se quero esquecer, nem sei se consigo
Porque eu, que não sou de escrever canções
Quando o faço, ainda são para você
Mesmo tão longe das ruas que conhecem nossa história
E de tudo aquilo que um dia fez parte de nós
Ainda me vêm teus olhos na memória e ainda ouço a tua voz
E o presente, que tento fazer com que seja novo
O que já foi ainda é e será, mas sei que, entretanto,
Nada disso importará muito quando ou se eu voltar
Mas eu, que não sou de escrever canções
Quando o faço, ainda são para você
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