quinta-feira, 7 de abril de 2011

Praticidade (ou "o que eu penso sobre o que é romance de verdade")

Andando pela rua, com a barra da calça molhada por poças d’água, penso se não seria melhor estar acompanhado...
- Oras... mas que tipo de ser humano seria eu se achasse que seria bom para alguém andar na chuva?
Que desejaria que alguém sentisse frio?
Que pensaria que alguém gostaria de molhar os sapatos até as meias apenas para me fazer companhia?
Ah! Que se dane o romantismo e os musicais da Broadway!
Quero o meu amor aquecido, saudável e aconchegado!
Até que eu possa chegar até ela e, estando novamente seco, me aquecer ao seu lado e me aconchegar em seu seio.
Às favas as músicas de saudades e ausências!

Quero a praticidade tranqüila e morna de uma noite de inverno em um ambiente confortável, com um edredom para dois, pipoca (quiçá uma pizza), e um filme na tevê.

Dançar na chuva? Deixo isso para o Gene Kelly e o Fred Astaire... Nos filmes eles nunca ficam resfriados.

2 comentários:

Gladcya disse...

Muito lindo, professor! Você tem uma mão boa pra escrita.

Belle disse...

muito bom, professor.
muito lindo o modo como você espera o amor.

mas, e a outra pessoa, iria preferir estar em casa trancada à estar no ~inferno~ com a pessoa amada?


(eu acho que eu não soube explicar minha questão direito, mas ok.)